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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Tudo o que eu não tenho feito

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Há tanta coisa que eu não tenho feito nestes 60 dias... aquilo que a maioria das pessoas fez nas primeiras semanas desde que fomos "convidados" a vir para casa... passado 60 dias eu ainda não fiz! De algumas tenho pena, de outras... 

Conversava ontem com uma amiga sobre isso mesmo, sobre tudo o que vimos pessoas fazer neste período de tempo enquanto que nós... fomos fazendo. Mas isso não é necessariamente mau.

Muitas vezes o melhor mesmo é parar, aceitar e aproveitar. Quando conseguimos avançar com os nossos projetos, sejam eles quais forem, avançamos, quando precisamos de ir vivendo, vamos. 

Foi um pouco isso que senti no início: horas e mais horas de atividades e conteúdos imperdíveis, diretos cheios de informações interessantes, receitas para fazer, "jantares" virtuais, treinos online, etc. Houve um dias em que pela primeira vez acho que soube verdadeimente o que significa o tal "FOMO" - Fear Of Missing Out. Parecia que tudo me estava a escapar entre os dedos e eu fechada em casa. Como era possível?!

Até que decidi parar, respirar e não pirar. Pensei naquilo que eu gosto e não gosto de fazer, naquilo que me faz sentir tranquila, alegre e preenchida. Dessas coisas, quais eram as que eu podia, conseguia e queria fazer em casa? Foi isso que me fez acalmar e tomar decisões. 

Tenho amigas que se juntam e praticam exercício em conjunto. Eu apoio-as, mas nunca participei... e elas nunca desistiram de me incentivar. Mas, sempre senti que não era uma coisa que me fosse animar e divertir. Seria mais uma obrigação, mais uma coisa que eu "tinha" que fazer em vez de "querer" fazer.

A minha irmã também me incentivou a fazer pão. Ela, que faz uns pães super bonitos e com um ar muito apetitoso, enviou receitas, truques e dicas. Eu, aprendi que o pão que compro na padaria do bairro, daquelas padarias à antiga, dura para uma semana de pequenos almoços. 

A minha casa continua igual a ela própria. Uns dias melhores que outros. Mas no bom caminho. E, apesar de tudo, gosto de olhar para ela e dizer "ainda tenho tanto para fazer" para logo de seguida pensar "Estás no bom caminho! Estás mesmo no caminho certo!".

Não li todos os livros que queria ler, nem testei todas as receitas que queria testar. Depois de iniciar as corridas tive de parar. Agora que vamos poder retomar, penso voltar. Nalguns dos "passeios higiénicos" que fiz tirei fotografias, aproveitei para olhar para as coisas com outros olhos e decidi que quero imprimir esses registos. 

Durante estes 60 dias houve tanta coisa que eu não fiz! Mas houve tantas outras em que avancei! E no final do dia... não é isso mesmo que importa?

 

 

Abranda os teus passos apressados

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Estas últimas semanas até ao final do ano são sempre muito atribuladas. Jantares, lanches, atividades, compromissos, compras, tarefas, tudo parece ter de se encaixar qual peça de tetris… e nem sempre é fácil… e acabamos por andar agitados e pouco serenos. Concordam?

Copiei o título deste post de um post do blog da Graça Paz. É como um mote, ou um mantra. Abrandar. É fundamental para aproveitar os dias desta época festiva. Contra mim falo… ainda hoje de manhã comentava com uma amiga que estou a ver as coisas todas a acumular e eu sem conseguir perceber quando me dedicar a cada uma delas… mas tudo se resolverá!

E por isso, e porque acho que nesta época devemos aproveitar para usufruir do que ela tem de melhor: alegria, cor, animação, luzes, sabores e sons, sugiro um conjunto de “atividades” para irmos pondo em prática nos dias que correm até ao final do ano. Na verdade… deveríamos guardar esta lista e de vez em quando revisitá-la. Afinal o Natal é quando nós quisermos!

 

  1. Escrever uma carta ao Pai Natal
  2. Acender velas em casa
  3. Recortar flocos de neve e decorar as janelas
  4. Dizer bom dia à primeira pessoa que encontrarmos na rua.
  5. Deixar um postal de Natal na caixa de correio dos vizinhos
  6. Ir ver as iluminações de Natal
  7. Agradecer 3 coisas boas do dia
  8. Lançar um desafio virtual a familiares e amigos: piada mais seca, caretas, encontrar coisas de determinada cor na rua, encontrar matrículas em capicua, etc (os melhores para isto são os meus primos!)
  9. Ouvir músicas de Natal em casa, no carro, nos transportes públicos
  10. Dar 2 ou 3 boas espreguiçadelas
  11. Escrever postais de Natal
  12. Ver um filme de Natal – dos clássicos ou alguma novidade
  13. Pequeno almoço demorado num local favorito ou que queremos muito conhecer
  14. Pensar numa coisa que quero melhorar para o próximo ano
  15. Massagem aos pezinhos quando chegamos a casa num dia especialmente cansativo
  16. Passar tempo no café a ver o movimento só porque sim
  17. Dedicar meia horita ao nosso livro do momento
  18. Arriscar uma receita nova
  19. Expôr os postais de Natal que recebemos
  20. Fazer um percurso diferente para um lugar onde vamos regularmente

 

Uma pessoa treina para tudo, menos para isto!

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(Escrevi este post deitada na areia da praia. Já voltei de férias, mas o que importa é que ele fique registado antes de Domingo)

 

Durante o ano andei a treinar para a Travessia de São Martinho do Porto. Treinei kms para ganhar resistência, treinei até aos 2000m na piscina para compensar a diferença de fazer 1500m no mar. Aguentei sede, cãibras, cansaço e até fiquei a saber que o Hino Nacional dura 60m. A determinada altura comecei a pensar que em 1500m temos tempo para pensar em muita coisa e antes de começar a pensar “mas porque raio é que eu me meti nisto?!”… O Hino é a única música cuja letra sei totalmente de cor… Eu até fui nadar no rio, lembram-se?!

E chega o dia em que vais comprar o fato e aí é todo um outro campeonato! A primeira vez que o vesti parecia que estava a enfiar-me num colete de forças, de corpo inteiro. Muito pior que um body apertado ou uma cinta das avós! Depois… toda a gente sabe que roupa apertada provoca celulite… eu até a sentia a multiplicar-se nas pernas! Isto ao mesmo tempo que parecia ter entrado para a sauna… só que não! Ah! E num vestiário pequeno… Mas pronto… entre isto e ter frio no mar… isto!

Coragem ganha, vamos lá treinar no mar com o dito do fato. Só de pensar no aperto ao vestir… mas sacrifícios têm de ser feitos. E foi aí que se fez luz! Costumo dizer que a adolescência é uma idade muito parva, mas que todos temos de passar por ela. Quem nunca se deitou em cima da cama para conseguir vestir “aquelas” calças justas ou para apertar “aquele” botão? E foi isso mesmo que eu fiz! Sentei-me na areia e siga – nada de saunas nem banhos turcos e nem foi preciso comer nenhum bife para o conseguir vestir! Tudo no bom caminho! Estava tudo a correr tão bem que até tirei uma foto em Power Pose!

Até entrar dentro de água e começar a nadar… Fio horrível!! E para isto é que eu não treinei…. Primeiro parecia que não sabia nadar. Depois tinha que me puxar a mim e ao peso do fato. E como se isso ainda não fosse suficiente… começou a apertar-me na garganta…

A meio do percurso só me queria despir. Lembrava-me da cena do Sexo e a Cidade em que a Carrie vai experimentar vestidos de noiva e começa a “panicar” sem conseguir respirar e a sentir-se apertada. Assim estava eu. Mas com um fato de surf de 2mm de espessura… sem “panicar” e sem me conseguir despir… não foi divertido!

“E agora?” perguntou-me uma amiga. Agora, fui nadar sem o fato para reduzir a sensação menos boa e vou voltar a nadar com ele para ver se há alguma coisa a melhorar, também nadar com água mais fria para ver como me sinto e no dia da prova decido se nado com ou sem! Não vai ser este fatinho do Demo que me vai fazer desistir!

 

Hoje já dá para ver a temperatura da água do mar no Domingo. São previsões, é verdade, mas a confirmarem-se… acho que vou nadar sem o fato. Depois conto-vos como correu!

 

 

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