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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Hoje tive saudades

Vim aqui procurar um texto que escrevi há uns tempos (AP - como quem diz antes da pandemia) e tive saudades de quando escrevia quase diariamente. Como uma amiga me disse muito simplesmente "então volta a escrever". Assim de simples. 

E se calhar ela tem razão. Posso pura e simplesmente voltar a escrever. Mas... sobre o quê? 

Uma coisa é certa, continuo a acreditar que os blogs um dia vão voltar. Como na moda. Como na vida. Tudo é ciclico. 

E de que poderia eu falar? Das minhas idas à Feira do Livro e de como, a par das chegadas dos aeroportos, acho esse espaço um espaço onde se sente a felicidade? Do livro que li recentemente e que me fez procurar músicas, ver onde se passava a história, querer saber mais sobre as personagens e na última página dizer... oh.... ( o livro é "A Carteira" - caso queiram saber)? Ou de como na semana passada ouvi uma música com atenção e fiquei com ela na cabeça até hoje?

Também podia falar de uma ideia que elaborei a partir de algo que vi numa newsletter - fazer um Verão de A - Z! Uma lista das coisas que queremos para este Verão, ir fazendo uma outra onde registamos as coisas que vão acontecendo e, no final, quando se aproximarem os primeiros dias do Outono, ver quais os desejos que se concretizaram e a que soube realmente o nosso Verão 2025. Dediquei um bocadinho do meu sábado passado a fazer essa lista. 

Por falar em listas, encontrei, num dos meus cadernos, uma anotação que fiz de um dos episódios do podcast da Emily P. Freeman (The Next Right Thing). A nota diz "Desire List - escrever uma lista de 100 coisas que eu quero! Tiramos as coisas da cabeça, dizemos o que queremos, corremos menos riscos - ou não corremos riscos nenhuns". 100 coisas é mesmo muita coisa mas... quem é que disse que o Pai Natal não existe? 

Para rematar, Meraki um podcast escrito e narrado pela Nuria Perez. Resumidamente, Meraki é fazer algo com paixão e deixar parte da nossa alma nisso. São poucos episódios mas valem a pena! 

E tu, conheces??

Uma pessoa anda a passar por um período “desafiante”. Vem no autocarro a ouvir um podcast para ver se se distrai e se a viagem fica menos penosa. Começa a ouvir um episódio sobre livros, outros sobre filmes e… nada... Até que aparece um que pergunta: Conhece as músicas de desenhos animados clássicos? Como se costuma dizer… fala-me a cantar!!!

Começa a ouvir e, embora sejam demasiado rápidos a adivinhar, não faz mal, começa a sorrir! Melhor! Começa a responder aos locutores! Como se estivesse também ela no estúdio a participar no jogo! “Verdes? Cabelos verdes?” E aquela música inconfundível!? E os primeiros acordes daquele outro? A senhora que vai à sua frente, e que viveu a infância num tempo em que não havia desenhos animados, olha para a pessoa e deve pensar “olha-me esta a falar sozinha!”. Mas isso não importa nada! O que importa é que o dia ficou melhor! Muito melhor!

Nem todos entenderão… mas muitos vão entender! E quase que aposto que também não vão resistir a responder. Estejam no autocarro, no trabalho, no meio da rua ou em casa a fazer o jantar!

O lado bom da vida: Conhece as músicas de desenhos animados clássicos?

 

 

Mudanças ou os Ventos de Santa Ana

No filme “The Holiday” há uma cena muito simples mas com imenso significado. Para mim, pelo menos. Fala dos ventos de Santa Ana. Para quem não viu o filme, trata de duas mulheres que decidiram dar uma volta nas suas vidas, numa espécie de fuga prá frente, e por isso, num impulso, inscrevem-se num site de troca de casas. Uma em Inglaterra, outra nos Estados Unidos. Na Califórnia mais precisamente.

Voltando à cena: uma delas está em frente da sua “nova” casa com um dos personagens e sopram ventos fortes. E ele diz-lhe: “The wind...It's what makes it so warm at this time of the year. Legend has it, when Santa Anas blow, all bets are off, anything can happen.”

Nas duas últimas semanas estes ventos devem ter andado a soprar por estes lados. Em imensas pequenas coisas senti que era altura de mudanças. E quando são vários os sinais… uma pessoa deve fazer por segui-los, não é?

Tudo começou com uma saudade de tempos bons. Tempos em que recebíamos amigos em casa para jantares animados, com partilha de alimentos e experiências. Depois foi a oportunidade de me desfazer de dois telemóveis antigos, daqueles que estão ali na gaveta porque não sabemos o que lhes fazer. Com a mudança de telefone… veio também toda uma nova oportunidade: novas conversas. Sem histórico. A minha resistência à mudança manifesta-se neste tipo de coisas… mudar de telemóvel implica ganhar umas coisas e perder outras. Desta vez decidi que ia ver esta “chatice” como uma oportunidade para o novo. Novas conversas, filtrar o que importa e alimentar o que nos faz bem.

Também senti o ímpeto de fazer algumas alterações em casa. Deixar de adiar esta ou aquela tarefa. Dar prioridade aquilo que embora considere prioritário, é muitas vezes adiado. E senti vontade de sair para caminhar, até nos dias em que não precisava de o fazer para me deslocar do ponto A ao ponto B. E com estas “vontades” consegui superar-me mais uma vez. E essa sensação é sempre boa!

As mudanças trazem normalmente algumas dores… nem que sejam musculares! Implicam desfazer nós, desfazermo-nos de coisas/situações com as quais já estamos confortáveis, mesmo que saibamos que já não fazem parte do que somos ou do que queremos ser. Mas é mais fácil, ou parece muito mais fácil, manter do que mudar.

Mas ao mesmo tempo, as mudanças também trazem leveza, ar fresco, oportunidades de melhoria e renovação. De fazer um upgrade à nossa própria versão. Mesmo que sejam ligeiras atualizações… são sempre atualizações!

E por isso não se esqueçam, se sentirem um ventinho passar, aquela brisa quentinha na cara, pensem nos Ventos de Santa Ana e deixem-se voar. Está tudo em jogo, e tudo pode acontecer!

 

P.S.: No Domingo à noite, num fim de semana em que me empenhei nesta coisa da mudança e por isso estava feliz mas exausta… decidi ultrapassar o cansaço e fui “correminhar” como diz uma das minhas amigas. Ia apenas caminhar, mas apeteceu-me correr um bocadinho e acelerei o passo. Fui a ouvir o “Era o que faltava” com o Rodrigo Leão, que recomendo. Quando estava quase a chegar a casa ouvi uma das músicas dele que mais gosto, que me deixa bem disposta e que até já foi o meu serviço despertar (se calhar vai voltar a ser). Espero que anime também o vosso dia!

 

 

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