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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

L de Livros: Filipa Salgueiro

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Conheci a Filipa “numa outra vida”, como se costuma dizer. Mas como o mundo é redondo e dá muitas voltas, voltámos a encontrar-nos. E agora é como se nos tivéssemos conhecido de novo.

Partilhamos o gosto pelos livros, pela música, por coisas bonitas e por cartas e postais (entre outras coisas). E por isso, quando no outro dia estava a “folhear” o blog e me cruzei com um post bem antigo resolvi convidá-la a responder às mesmas perguntas que fiz à minha outra amiga naquela altura. E ela aceitou. Prontamente.

Hoje partilho convosco as respostas que deu às perguntinhas “simples” mas convido-vos a visitá-la no Instagram e quem sabe têm a sorte de nesse dia ela estar a fazer uma das suas partilhas sobre guilty pleasures musicais. São imperdíveis e motivo de grandes risotas!

 

Estou a ler: Torto Arado, do Itamar Vieira Júnior. Fala com Ela da Inês Maria Meneses. Jóquei, da Matilde Campilho. Em suma, um potpourri de ficção, não ficção e poesia.

O meu livro favorito quando era pequena: Rosa, minha irmã Rosa de Alice Vieira. Ofereceram-me quando o meu irmão nasceu e foi especial e marcante.

Estou ansiosa por ler: tudo o que ainda não li! Mentira…até porque há algumas coisas que, à partida, não quero mesmo ler. Respondendo…estou ansiosa por ler o último livro do Afonso Cruz (A flor e o peixe), A breve vida das flores de Valérie Perrin, os dois primeiros romances da Íris Bravo e uma mão cheia de autores brasileiros que não encontro cá.

Um livro que mudou a minha vida: todos mudam, na verdade, com pequenas coisas, sejam frases, pensamentos, uma música partilhada que não conhecíamos, vocabulário que adquirimos, o tema que marcou e levámos para uma conversa com amigos. Mas um ao qual volto muitas vezes, por considerar especial: Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach. (história curiosa: o exemplar que tenho era de uma amiga da minha avó que, ao passar um fim-de-semana em sua casa, o deixou lá, esquecido. Eu nunca tinha lido. A senhora acabou por mo oferecer e, sem saber, dava-me um dos meus favoritos de sempre!!)

O meu livro favorito para dar como presente: os que mais ofereço são o Paz traz Paz do Afonso Cruz e o Caderno de Encargos Sentimentais da Inês Maria Meneses. Todavia, tento sempre ir ao encontro dos gostos e interesses de quem vai receber o presente.

Uma personagem que eu admiro: Alice! Do País das Maravilhas. Até porque, tal como ela “quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.”

O que está na minha mesa: tenho uma lista de espera grandinha, usualmente. Alguns autores que lá estão actualmente: Pessoa, Dulce Maria Cardoso, Gregório Duvivier…

Organizo a minha estante de acordo com: por cores… sem grandes regras!

A minha livraria preferida: só uma?! Duas, vá: Livraria de Santiago em Óbidos e Ler Devagar em Lisboa.

Adoro ler porque: pela viagem que é cada livro que se começa. Outros mundos, outras vidas, outros medos, alegrias, entusiasmo. Além disso, é uma actividade que nos puxa, completamente, para o aqui e o agora, nutre o pensamento e abre horizontes.

Um livro do qual nunca me vou separar: tenho uma grande dificuldade em emprestar livros, mas estou a tentar combatê-la, paulatinamente. Por isso, não me separarei dos livros que tenho autografados. Não mesmo! Mas os outros, avalio casuisticamente, os possíveis empréstimos!

 

Na próxima 4ª feira partilho mais um L de Livros!

Até lá, boas leituras!

 

O ar de "chegar a casa"

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Sabem aquele momento em que, no meio de uma multidão, vemos uma cara conhecida? Ou quando estamos tristes e nos aparece um amigo pela frente? Ou ainda quando estamos numa situação (para nós) delicada e vemos um dos nossos familiares? Nesses momentos fazemos aquilo que uma das minhas amigas apelidou como “o ar de cheguei a casa!”.

 

Já por várias vezes me cruzei com vídeos em que mostravam crianças, adultos e até animais a viver um desses momentos. Um miúdo a sair da escola e ver o avô, irmãos que não se viam há muito tempo e são surpreendidos pela chegada do outro, um cão que salta ao pressentir a chegada do seu melhor amigo.

 

Nunca tinha pensado nesse momento como algo que já me tivesse acontecido. É um bocadinho daquelas coisas que parecem só acontecer aos outros. Até que chegou o momento em que eu pensei: “Espera! Pensa lá em situações em que estavas com nervoso miudinho ou em que estavas a pôr-te à prova e relembra-te como foi!”.

 

Já aqui falei de alguns desafios aos quais me expus como forma de “esticar os elásticos”. Já fui correr sem estar fisicamente devidamente preparada, já fui nadar no rio e no mar, já apresentei um prémio num auditório, já fui moderadora num webinar (e acreditem que embora tudo isto pareça fácil… para mim foi tão desafiante como saltar de um avião – que também já fiz, um dia destes conto como foi). E foi nestas coisas que pensei quando decidi fazer esse exercício.

 

Lembrei-me de como foi quando cheguei à praia depois de nadar os 1500m e vi os cartazes com o meu nome, e de como depois disso perguntei onde estava a minha família. Lembrei-me de como me senti quando na primeira corrida que fiz vi uma amiga com os seus filhos e eles disseram o meu nome e bateram palmas. E também de quando, noutra corrida, a minha irmã me entregou um merecido pampilho e disse que tinha feito uma grande prestação. Lembrei-me da mensagem que uma amiga me enviou, no tal webinar, a dar os parabéns e a dizer que não sabia porque é que eu tinha medo.

 

Em todas as situações a sensação é muito boa. É aquela de ficar com o coração quentinho. Lá está, é, como disse a minha amiga, como chegar a casa! Aliás, é como chegar a casa depois de uns dias fora e ter sopa de chocolate à nossa espera.

 

Um dia destes presenciei uma dessas situações. Uma criança estava a cumprir um desafio ao qual se tinha proposto. Grande (o desafio)! Estava muito concentrada, a fazer o que tinha de fazer, a desempenhar o seu papel, com a seriedade adequada ao momento, até que viu a família! E aí… aí… toda ela sorriu! Sorriu e espontaneamente deu um grande adeus à família. Sabem quando não era suposto fazermos “aquilo” mas é mais forte que nós? Pois foi mesmo isso que ela fez. E fez muito bem! Foi como se tivesse estado uns dias fora e acabasse de chegar a casa!

 

 

Supostamente, o dia mais triste do ano

Supostamente* ontem foi o dia mais triste do ano. Como disse a uma das minhas amigas, se assim é… agora só pode melhorar!

Para mim não foi o dia mais triste do ano. Escrevi no blog, o sol brilhou durante o dia, ouvi uma playlist nova e esses 3 elementos, em separado ou no seu conjunto, fizeram com que o meu dia fosse bom. Curiosamente, ontem também senti que os dias estão maiores. Pode ter sido apenas uma impressão mas foi uma sensação boa.

À noite quando escrevi no meu caderninho tinha vários temas. Uma frase para cada um. Porque era tarde, e estava cheia de sono, mas queria deixar o registo do dia. Agora que me lembro… não referi a efeméride de, supostamente, ontem ser o dia mais triste do ano.

Como vi no Instagram, o dia mais triste do ano sou eu que escolho. E o mais alegre também! Como sempre. Escolhas. Opções. E a vida é feita disso mesmo, de opções. E também de dias. Muitos dias!

Algures entre o final do ano passado e início deste, já não sei onde, cruzei-me com uma ideia que decidi adotar: registar as 100 coisas que fizeram o meu ano de 2022. Ainda não consegui concluir (porque requer algum trabalho de pesquisa) mas já decidi que vou fazer essa mesma lista, desta vez, ao longo do ano para que as coisas não caiam no esquecimento. Se chegar às 100 (que acho que sim) ótimo! Se não chegar… ótimo também!

A ideia veio do senhor Austin Kleon que já faz este exercício há algum tempo. A lista de 2022, e as outras, estão disponíveis para podermos consultar, não só porque o senhor optou por partilhá-las connosco, mas também para nos mostrar que é possível fazer este exercício. Mesmo que 100 seja um número um bocadinho “assustador”.

A playlist de que vos falei é do Luís Filipe Borges na TSF e ele também me incentivou a ir registando aquelas músicas que fazem parte dos meus dias, que oiço vezes sem conta, que marcam momentos especiais ou específicos. Aquelas que, supostamente, irão aparecer no final do ano como “as músicas que mais ouvi em 2023”.

 

 

*O ano passado conheci a M., uma brasileira a estudar em Portugal, que me disse que acha que “supostamente” é a palavra mais portuguesa que há – aplica-se a tudo e em todas as circunstâncias. E, tal como aconteceu quando uma alemã me disse que nós usamos ovos em praticamente tudo, comecei a perceber que ela tinha razão. E agora também vocês vão começar a reparar nesses dois “pormenores”.

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