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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Mergulhar, ir mais fundo, explorar e descobrir

Longing for summer days - Eduarda Tavares

 

Escrevi o texto que se segue a pedido de uma amiga que decidiu mergulhar! Decidiu deixar de guardar só para si, e para aqueles que eram mesmo muito próximos, um talento que tinha escondido. Decidiu arriscar, soltar amarras, deixar-se ir e dar-se a conhecer. Arriscou sair de pé e mostrar a toda a gente a sua arte. E hoje partilho-a convosco para que também a possam ver: https://eduardatavares.com/

 

Mergulhar, ir mais fundo, explorar e descobrir.

Soltar amarras, deixar-se ir, permitir-se conhecer.

Todos temos um lugar onde escondemos aquilo que nos é mais precioso. Um lugar só nosso, onde apenas entram aqueles frente aos quais nos permitimos ser. É nesse lugar, nesse cantinho onde guardamos o nosso lado mais sombrio, que também guardamos a nossa magia, o nosso brilho e o nosso encanto. Tudo aquilo que faz de nós o que somos, e tantas vezes temos receio de mostrar aos outros. De mostrar ao Mundo.

Até que há um dia em que uma fresta, uma porta entreaberta ou uma lufada de ar fresco nos faz respirar fundo e perder o pé. E é nesse momento, nesse instante tão breve, que nos permitimos ir mais fundo. E mais longe. É nessa altura que nos permitimos mergulhar, ir mais fundo e descobrir. Que nos permitimos deixar-nos ir e conhecer-nos melhor. Que permitimos que os outros, e o Mundo, nos conheçam.

E quanta Beleza podemos criar quando a isso nos permitimos.

 

 

 

 

E se, de repente, voltasse a escrever?

Como me passou pela cabeça? As coisas não nos passam pela cabeça, as coisas incubam, fermentam, atravacam a nossa imaginação enquanto dormimos. As coisas têm pernas, percorrem um caminho paralelo numa zona de nos mesmos que nem remotamente imaginamos onde fica e, a certa altura, batem à porta: aqui estamos nós, somos as tuas ideias prontas a serem ouvidas.

A livraria na colina - Alba Donati

Sonhei que tinha voltado a escrever aqui. Nesses dias sonhei muitas coisas. Demasiadas. Não necessariamente boas e divertidas mas, de todas elas, ficou-me esta ideia: e se, de repente, voltasse a escrever no blog? Algures durante esses dias também me cruzei com uma imagem onde se lia: "It's never too late. There is no behind." como quem diz: não te preocupes porque nunca é tarde para recomeçar e não, não estás "atrasada". 

E tudo isto junto, mais o gosto que tenho por escrever e partilhar coisas, começou a fervilhar e a pesar num dos pratos da balança, aquele que diz para avançar. No outro prato estavam (e ainda estão) a dúvida sobre o interesse, o facto de se tornar um compromisso que não sei se consigo cumprir e aquelas ideias que deixamos entrar nas nossas cabeças e que acabam por nos limitar.

Nem sempre tenho vontade de escrever, muitas vezes questiono a "utilidade" de determinada partilha, algumas vezes é mais fácil não fazer nada. Simplesmente. Retirar da bandeja mais aquela tarefa. No entanto, por outro lado, quando escrevo e partilho... gosto. Será um pouco como praticar exercício físico: custa ir mas no final sabe bem.

Como diz o James Clear (entre outros) o ideal é não falhar duas vezes seguidas. Retomar custa sempre mais. Custa! Mas há coisas mais difíceis. E por isso decidi que vou retomar. Sem compromissos. Quando apetecer escrevo, quando não apetecer não escrevo. Numa quebra total de todas as regras e teorias da comunicação digital. 

Até já!!

 

De forma absolutamente aleatória e sem intervenção da minha parte, este post foi escrito ao som de: 

 

Supostamente, o dia mais triste do ano

Supostamente* ontem foi o dia mais triste do ano. Como disse a uma das minhas amigas, se assim é… agora só pode melhorar!

Para mim não foi o dia mais triste do ano. Escrevi no blog, o sol brilhou durante o dia, ouvi uma playlist nova e esses 3 elementos, em separado ou no seu conjunto, fizeram com que o meu dia fosse bom. Curiosamente, ontem também senti que os dias estão maiores. Pode ter sido apenas uma impressão mas foi uma sensação boa.

À noite quando escrevi no meu caderninho tinha vários temas. Uma frase para cada um. Porque era tarde, e estava cheia de sono, mas queria deixar o registo do dia. Agora que me lembro… não referi a efeméride de, supostamente, ontem ser o dia mais triste do ano.

Como vi no Instagram, o dia mais triste do ano sou eu que escolho. E o mais alegre também! Como sempre. Escolhas. Opções. E a vida é feita disso mesmo, de opções. E também de dias. Muitos dias!

Algures entre o final do ano passado e início deste, já não sei onde, cruzei-me com uma ideia que decidi adotar: registar as 100 coisas que fizeram o meu ano de 2022. Ainda não consegui concluir (porque requer algum trabalho de pesquisa) mas já decidi que vou fazer essa mesma lista, desta vez, ao longo do ano para que as coisas não caiam no esquecimento. Se chegar às 100 (que acho que sim) ótimo! Se não chegar… ótimo também!

A ideia veio do senhor Austin Kleon que já faz este exercício há algum tempo. A lista de 2022, e as outras, estão disponíveis para podermos consultar, não só porque o senhor optou por partilhá-las connosco, mas também para nos mostrar que é possível fazer este exercício. Mesmo que 100 seja um número um bocadinho “assustador”.

A playlist de que vos falei é do Luís Filipe Borges na TSF e ele também me incentivou a ir registando aquelas músicas que fazem parte dos meus dias, que oiço vezes sem conta, que marcam momentos especiais ou específicos. Aquelas que, supostamente, irão aparecer no final do ano como “as músicas que mais ouvi em 2023”.

 

 

*O ano passado conheci a M., uma brasileira a estudar em Portugal, que me disse que acha que “supostamente” é a palavra mais portuguesa que há – aplica-se a tudo e em todas as circunstâncias. E, tal como aconteceu quando uma alemã me disse que nós usamos ovos em praticamente tudo, comecei a perceber que ela tinha razão. E agora também vocês vão começar a reparar nesses dois “pormenores”.

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