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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Supostamente, o dia mais triste do ano

Supostamente* ontem foi o dia mais triste do ano. Como disse a uma das minhas amigas, se assim é… agora só pode melhorar!

Para mim não foi o dia mais triste do ano. Escrevi no blog, o sol brilhou durante o dia, ouvi uma playlist nova e esses 3 elementos, em separado ou no seu conjunto, fizeram com que o meu dia fosse bom. Curiosamente, ontem também senti que os dias estão maiores. Pode ter sido apenas uma impressão mas foi uma sensação boa.

À noite quando escrevi no meu caderninho tinha vários temas. Uma frase para cada um. Porque era tarde, e estava cheia de sono, mas queria deixar o registo do dia. Agora que me lembro… não referi a efeméride de, supostamente, ontem ser o dia mais triste do ano.

Como vi no Instagram, o dia mais triste do ano sou eu que escolho. E o mais alegre também! Como sempre. Escolhas. Opções. E a vida é feita disso mesmo, de opções. E também de dias. Muitos dias!

Algures entre o final do ano passado e início deste, já não sei onde, cruzei-me com uma ideia que decidi adotar: registar as 100 coisas que fizeram o meu ano de 2022. Ainda não consegui concluir (porque requer algum trabalho de pesquisa) mas já decidi que vou fazer essa mesma lista, desta vez, ao longo do ano para que as coisas não caiam no esquecimento. Se chegar às 100 (que acho que sim) ótimo! Se não chegar… ótimo também!

A ideia veio do senhor Austin Kleon que já faz este exercício há algum tempo. A lista de 2022, e as outras, estão disponíveis para podermos consultar, não só porque o senhor optou por partilhá-las connosco, mas também para nos mostrar que é possível fazer este exercício. Mesmo que 100 seja um número um bocadinho “assustador”.

A playlist de que vos falei é do Luís Filipe Borges na TSF e ele também me incentivou a ir registando aquelas músicas que fazem parte dos meus dias, que oiço vezes sem conta, que marcam momentos especiais ou específicos. Aquelas que, supostamente, irão aparecer no final do ano como “as músicas que mais ouvi em 2023”.

 

 

*O ano passado conheci a M., uma brasileira a estudar em Portugal, que me disse que acha que “supostamente” é a palavra mais portuguesa que há – aplica-se a tudo e em todas as circunstâncias. E, tal como aconteceu quando uma alemã me disse que nós usamos ovos em praticamente tudo, comecei a perceber que ela tinha razão. E agora também vocês vão começar a reparar nesses dois “pormenores”.

Banda Sonora para o dia de hoje

Na lista de trabalhos de casa deste Verão a professora colocou “acorda um dia cedo e observa a aurora”. Quando ontem pensei em partilhar esta música ia sugerir que fizessem o mesmo e a ouvissem ou ao nascer do sol, ou naquele momento em que ele se põe. Parecia-me adequado. Depois, quando estava a pesquisar o vídeo para partilhar, encontrei este. A minha sugestão agora é dediquem 4:12 do vosso dia a ver este vídeo.

Em mais uma altura conturbada dos nossos tempos… é importante não esquecer que o Mundo é mesmo uma coisa maravilhosa. E o Homem capaz de coisas extraordinárias. De preferência positivas 😊

Afinal vou reformular. Se puderem, vejam o vídeo, acordem cedo para observar a aurora ou vejam o pôr do sol.

Tenham um bom dia!

 

 

 

As corridas, as músicas e os amigos

Uma pessoa que leia dois posts seguidos em que eu falo de corrida… pode não acreditar quando digo que não é o meu desporto favorito. Mas acreditem, não é! Contudo… é algo que me faz superar os meus limites e me “obriga” a desafiar-me, metro após metro. Também pode pensar que me farto de correr, o que também não corresponde à verdade. Nem sempre apetece correr e nunca consegui fazer um percurso completo em corrida. Nunca, como quem diz até hoje. Amanhã não sabemos.

Descobri, nas saídas que fazia para “correminhar”, que o último programa da Inês Menezes na Radar tinha os ritmos certos para me acompanhar e por isso, durante esses momentos de liberdade e esforço físico, ouvi-o repetidamente.

Hoje quando oiço essas músicas consigo visualizar alguns dos momentos em que as ouvi na altura. Nalguns casos passaram a representar partes do percurso, noutras passaram a representar sensações. Todas passaram a ter um papel importante.

Se há uns dias falava da música dos Muse, que fica para sempre associada à corrida de São Silvestre de 2019 (sim, porque quem já participou numa… pode participar em mais), hoje falo de uma dos Arcade Fire. Chama-se No Cars Go e era o mote para começar a correr.

Durante 5 minutos e 43 segundos eu passava por uma horta urbana, via papoilas, enchia-me de força e acreditava que era capaz de tudo, depois começava uma das partes da música que eu mais gosto e também começava o Tico a dizer ao Teco que não aguentava mais. Nessa altura, normalmente numa zona a subir, o Teco tinha que dizer ao Tico que era tudo da cabeça dele e que ele conseguia! Dizia-lhe para ouvir a música e continuar! Para se deixar “embalar” pelo ritmo e lembrar-se como se sentia quando chegasse ao final daquela reta enorme, numa zona onde os carros não podiam passar, e os dois, o Tico e o Teco, se iam sentir os maiores porque tinham conseguido.

Falava no outro dia com um amigo sobre a capacidade que as músicas têm de nos levar a memórias muito antigas, a momentos muito felizes, assim como a momentos muito tristes. A música faz-nos companhia. É como aquele amigo que nos ajuda a superar momentos mais difíceis ou sai connosco para celebrar grandes vitórias (como conseguir correr 5 minutos e 43 segundos de seguida).

Esta teve essa dupla capacidade. Especialmente nos últimos 2 minutos!

 

 

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