Sobre a água
Cresci numa zona onde durante o Verão, e não só, volta e meia falhava a água. Era cortada como forma de racionamento desse bem escasso. Não era todo o dia, nem todos os dias, mas era algo recorrente. E por isso mesmo, entre outros motivos, também sou sensível a esta questão. Cada vez mais. E os motivos estão à vista de todos. Infelizmente.
Há uns anos fiz uma prova de acesso a um curso onde havia uma pergunta da qual nunca mais me esqueci: quantos anos de água potável temos? Errei, claro. A resposta certa eram 40. E eu achava que eram mais. Desde essa data já passaram mais de 10 anos.
Como sou uma pessoa otimista, em vez de achar que sozinha não faço a diferença, vou adotando pequenas medidas para poupar água em casa:
- Banhos de imersão só em sonhos! A quantidade de vezes que penso em como me sabia bem um banho de imersão é incalculável. E por vezes estou mesmo, mesmo, a preparar-me para isso quando penso na água e páro. Não consigo... Decidi por isso aproveitar ao máximo os banhos de mar no Verão. É o melhor banho de imersão que se pode ter!
- Enquanto a água do duche está a aquecer, vai enchendo o regador de 9L com que depois rego os canteiros do meu prédio.
- Nunca contabilizei o tempo que demoro a tomar duche mas tento que seja apenas o suficiente. Se há dias em que precisamos de estar um bocadinho mais debaixo de água? Há. Mas fundamental é ter consciência do impacto disso. E compensar!
- Para lavar loiça encho primeiro um pequeno alguidar onde faço a lavagem em vez de lavar com a água a correr. A água de passar a loiça, quando não tem muito detergente, vai para o balde e serve para lavar o chão.
- Se sobrar água nas refeições, rego umas plantas que estão dentro de casa em vez de deitar diretamente para o lavatório.
- E temos a lavagem dos dentes. Torneira fechada.
Sei que com estas minhas pequenas medidas não acabo com a seca mas... é melhor que nada!
Alguém tem mais sugestões?