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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

PODCAST - How to be Awesome

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No fim de semana dediquei-me a um conjunto de tarefas que me permitem pôr a audição de podcasts em dia – e isso é um dos lados bons das tarefas domésticas! De todos os episódios que ouvi, este foi talvez o que gostei mais. Fala sobre o efeito positivo da positividade e dá umas quantas dicas sobre como pequenas alterações no nosso comportamento, ou linguagem, podem ter efeitos tão benéficos nos nossos dias e na nossa vida, e como o mesmo pode ter uma influência nos outros – quer os que vêem o copo meio cheio, como os que o vêem meio vazio.

 

Há quem olhe para as pessoas positivas como alguém que está alheado da realidade. Muitas vezes os “positivos” (vamos chamar assim as pessoas que preferem viver desse lado da vida) são até rotulados de meio loucos porque, numa situação grave, tendem a procurar a alternativa menos grave. Diz a entrevistada neste podcast que esta é uma estratégia para treinar o cérebro a identificar as coisas positivas e portanto a “aliviar” as situações difíceis. Ou seja, os “positivos” não são alheados, nem loucos, são pessoas que têm uma visão realista das situações mas optam por trabalhar no lado das soluções e não dos problemas.

 

Um outro exemplo está intimamente ligado com aquela pergunta típica, que tipicamente tem a resposta “vai-se andando…”: o “Como estás?”. Michelle Gielan, a entrevistada, diz que a forma como respondemos a essa pergunta marca o tom do resto da conversa com essa pessoa. E não é que, se formos a pensar um bocadinho nisso, ela tem mesmo razão? Sugestão – da próxima vez que nos perguntarem como estamos, responder de forma positiva, mesmo que depois apresentemos um problema pelo qual estamos a passar. Basta começar a conversa com um “Estou bem!” e depois partilhar com essa pessoa uma ou outra preocupação que tenhamos.

 

Ainda relacionado com esta questão dos diálogos, sugere que, quando nos cruzamos com uma pessoa negativa (na rua, no trabalho, etc), quando ela nos apresenta os seus desabafos negativos, lhe façamos perguntas que “condicionem” o seu discurso para a positiva, ou seja, e usando um exemplo dela, quando alguém nos diz mal do trabalho, ou do chefe, pedir para nos indicar uma coisa que essa pessoa faça bem, ou que tenha corrido bem no trabalho. E quem diz no trabalho, diz noutras áreas da vida.

 

E ainda no que diz respeito a perguntas… para mim esta foi a dica que me parece que pode ter mais impacto no nosso dia-a-dia. Sugere ela que em vez de perguntarmos “como correu o dia?” quando chegamos a casa, que regra geral leva ao habitual “normal”, façamos as perguntas de outra forma. No caso de quem tem filhos, por exemplo, perguntar o que fizeram de mais divertido na escola, mas de uma forma geral, perguntar qual foi a melhor parte do dia, o que fizemos de diferente, ou divertido, o que aprendemos nesse dia, etc, são tudo perguntas que podem levar a outra pessoa a pensar um bocadinho mais e partilhar algo mais do que o “normal”.

 

O podcast termina com um nota sobre o impacto que as nossas ações podem ter nas outras pessoas. Por vezes nem nos apercebemos como um pequeno gesto, uma atenção, um sorriso têm um impacto enorme no dia do outro. E por acaso é verdade. Quem nunca sentiu o efeito do gesto positivo de outra pessoa?

 

Deixei para o fim uma ideia que achei o máximo! Sugere-nos o seguinte desafio: durante 21 dias seguidos, enviar um email a pessoas diferentes, logo de manhã, a agradecer por alguma coisa ou a elogiar algo que tenham feito. Diz que são dois minutos que terão um impacto muito positivo em quem envia, e eu acredito que também o fará em quem o recebe. Lá está, marcará o tom do dia dessa pessoa. Desafio aceite?

 

Ouvir: “Improved happinness, Improved performance” (41 minutos)

 

 

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