Passar do papel à prática
Quando decidimos avançar com uma ou outra ideia devemos ter em conta um conjunto de situações. Uma delas é pensar quem é a pessoa que, embora tenha um pensamento próximo do nosso, e alinhe com as nossas ideias mirabolantes, tenha ao mesmo tempo a capacidade de o fazer com um olhar crítico. E com isto quero dizer: alguém que nos incentive mas que contribua com críticas positivas e construtivas e nos chame à atenção quando alguma coisa não faz sentido.
No mês de Setembro decidi que estava na altura de fazer uma pequena análise nos meus objetivos pessoais. Queria repensar alguns aspetos da minha vida, coisas que queria melhorar, coisas que queria experimentar fazer, coisas que queria manter. E por isso peguei numa folha em branco e comecei a enchê-la com todas as ideias que andavam a navegar na minha cabeça. Essas ideias andavam a desconcentrar-me. Sabia que elas andavam por aqui mas ainda não lhes tinha dado a devida atenção. Isso fez com que, em vez de conseguir avançar, me sentisse meia desorientada.
Como disse, peguei numa folha de papel e enchi-a com tarefas que tinha para fazer, recados, objetivos, ideias, livros que queria ler, hábitos que queria adquirir, compromissos que já tinham datas marcadas, tudo! Depois disso, analisei o que tinha escrito e agrupei as ideias por áreas: trabalho, casa, saúde, vida social, alimentação, formação, finanças pessoais e EU. E elenquei tudo de acordo com essas áreas. E nessa altura tinha mais ou menos definido o meu plano de ação para o Inverno. Ou melhor, uma lista de objetivos dos quais me ia ocupar durante o Inverno.
Fazer esta análise ajudou-me a estruturar o pensamento e arrumar umas ideias. E foi depois que entrou a tal pessoa de que falava no primeiro parágrafo. Claro que podia fazer tudo isto sozinha, depois decidir quando quero fazer o quê e pensar ainda no que preciso para alcançar determinado objetivo. Também podia partilhar as minhas ideias com alguns amigos e ficar-me por aí, pela partilha. Podia, mas não era a mesma coisa.
Pensei então em desafiar uma pessoa que cumpria os requisitos acima mencionados, e que eu sabia ser adepta destas coisas. Além do mais, era também um pretexto para nos encontrarmos mais vezes.
Lancei-lhe o desafio e ela aceitou! Agora encontramo-nos de duas em duas semanas (mais coisa menos coisa) para um café e aí sim vamos traçando o plano de ataque para conseguirmos alcançar o máximo de objetivos que definimos. Questionamos as ideias uma da outra, fazemos sugestões numa ou noutra questão mais difícil, incentivamos o lado criativo e pomos a conversa em dia.
Para além de tudo isto, marcar estes encontros para fazer um ponto de situação dá-nos aquele empurrãozinho necessário quando a força de vontade está de folga. Saber que depois vamos “prestar contas” a outra pessoa faz com que a preguiça não vença e faz com que as coisas vão acontecendo.
Recomendo.