Música com poderes
Hoje estava a ouvir a Playlist do Tiago Rodrigues na TSF e voltei a ouvir aquele momento em que ele diz "é como se eu fosse música e nesse dia estivesse a tocar muito baixinho". Nunca me canso da beleza dessa frase. Mas não era dela que eu ia falar, era da música, ou do cantor, sobre o qual ele a diz - o Eddie Vedder dos Pearl Jam. E quando o ouvi falar nele lembrei-me de uma música dos Pearl Jam que gosto muito, acho que é mesmo a minha favorita.
A música é daquelas coisas que têm o poder de nos deixar igualmente tristes ou alegres dependendo da altura em que a ouvimos. O Black dos Pearl Jam faz parte de uma altura muito boa da minha vida. Sempre que a oiço lembro-me da sala da casa de uns amigos em Aveiro onde passei tantas noites e onde a ouvi pela primeira vez. Mas nem sempre foi assim. Alturas houve em que ouvia essa música quando estava bem no fundinho de um dia triste, deitada na cama de uma das minhas amigas, no quarto onde estava a aparelhagem. E pior, punha a música em repeat para sofrer um bocadinho mais. Era jovem... fazia parte! (embora haja dias em que ainda me apetece fazer isso :))
Houve mais músicas nessa categoria: as músicas da fossa! Mas hoje quando as oiço elas têm outros poderes. Quer dizer, continuam a ser músicas da fossa às quais posso recorrer em caso de emergência, mas agora uso-as de outra forma! Uso-as quando quero ganhar energia, quando me quero recordar das coisas boas que elas representam, quando preciso de ânimo para dar mais uns passos (em tempos, para correr mais uns metros), quando quero ouvir música bem alto, quando quero assobiar alegremente... acho que já perceberam. Basicamente dão-me energia! Era até por algumas delas que queria ir este ano ao Rock in Rio e ao NOS Alive.