E se, de repente, voltasse a escrever?
Como me passou pela cabeça? As coisas não nos passam pela cabeça, as coisas incubam, fermentam, atravacam a nossa imaginação enquanto dormimos. As coisas têm pernas, percorrem um caminho paralelo numa zona de nos mesmos que nem remotamente imaginamos onde fica e, a certa altura, batem à porta: aqui estamos nós, somos as tuas ideias prontas a serem ouvidas.
A livraria na colina - Alba Donati
Sonhei que tinha voltado a escrever aqui. Nesses dias sonhei muitas coisas. Demasiadas. Não necessariamente boas e divertidas mas, de todas elas, ficou-me esta ideia: e se, de repente, voltasse a escrever no blog? Algures durante esses dias também me cruzei com uma imagem onde se lia: "It's never too late. There is no behind." como quem diz: não te preocupes porque nunca é tarde para recomeçar e não, não estás "atrasada".
E tudo isto junto, mais o gosto que tenho por escrever e partilhar coisas, começou a fervilhar e a pesar num dos pratos da balança, aquele que diz para avançar. No outro prato estavam (e ainda estão) a dúvida sobre o interesse, o facto de se tornar um compromisso que não sei se consigo cumprir e aquelas ideias que deixamos entrar nas nossas cabeças e que acabam por nos limitar.
Nem sempre tenho vontade de escrever, muitas vezes questiono a "utilidade" de determinada partilha, algumas vezes é mais fácil não fazer nada. Simplesmente. Retirar da bandeja mais aquela tarefa. No entanto, por outro lado, quando escrevo e partilho... gosto. Será um pouco como praticar exercício físico: custa ir mas no final sabe bem.
Como diz o James Clear (entre outros) o ideal é não falhar duas vezes seguidas. Retomar custa sempre mais. Custa! Mas há coisas mais difíceis. E por isso decidi que vou retomar. Sem compromissos. Quando apetecer escrevo, quando não apetecer não escrevo. Numa quebra total de todas as regras e teorias da comunicação digital.
Até já!!
De forma absolutamente aleatória e sem intervenção da minha parte, este post foi escrito ao som de: