As férias são tempo de descanso, de diversão, de descoberta de novos sabores, novos lugares e também podem ser tempo para novos hábitos.
Há uns anos queria deixar de beber meias de leite. Foi até um dos pontos da minha lista! Aproveitei as férias para perder esse hábito que sentia que me fazia menos bem e me começava a deixar desconfortável.
Podemos aproveitar os períodos que nos tiram das rotinas quer para perder hábitos, quer para ganhar! Não estamos stressados, quase não temos horários nem pressões, podemos usufruir dos nossos dias de forma muito mais tranquila, o que nos vai permitir “viver” melhor.
Há vários estudos e teorias sobre a formação de hábitos. Durante quantos dias devemos repetir uma ação para que se transforme num hábito, estratégias e técnicas de compensação para que nos motivemos a isso, etc.
Eu acredito que há uma fórmula quase mágica para que isto aconteça. Em primeiro lugar precisamos saber o que queremos fazer ou deixar de fazer e o porquê. Depois de termos isso definido, acredito que funcionará melhor se fizermos associações com hábitos ou práticas que já tenhamos. E depois, definir uma espécie de regra e formulá-la numa frase: quando chegar a casa, vou descalçar os sapatos e calçar os chinelos à entrada; quando for lavar os dentes, limpo, tonifico e hidrato a pele; sempre que pensar em beber uma coca-cola peço uma água com gás ou uma garrafa de água, quando me deitar vou pousar o telefone longe da cama. Estão a ver o estilo.
Talvez ajude se pensarmos “quando, onde e como” será melhor pôr em prática o tal hábito ou rotina. Assim como ajudará se dividirmos um grande objetivo em pequenos passos. Por exemplo: se eu quero escrever um livro, em vez de pensar em escrever um capítulo por dia, mais vale pensar em escrever 2 páginas ou 3 de cada vez. Um capítulo pode ser impossível mas 2 ou 3 páginas… Uns dias posso até escrever mais páginas que outros.
Atrás dei o exemplo de um hábito que eu queria perder, o das meias de leite, mas podia ter dado outros para ganhar. Escrever, ler antes de dormir, correr, ir à ginástica, evitar os doces, pôr creme hidratante… tantos exemplos!
É importante que, quando queremos ganhar um hábito, tornemos a experiência visível, atrativa, relativamente fácil e que nos traga satisfação. Claro que, se queremos perder um hábito podemos fazer um misto entre estas premissas e os seus opostos!
E quando falhamos, ou quando não cumprimos um ou outro dia? Bem, todos os dias são bons para começar, e todos são melhores para recomeçar! Quando falhamos um dia voltamos a pôr em prática no dia seguinte. É isso que vai fazer a diferença!
P.S.: muitas vezes o nosso maior obstáculo somos nós mesmos, se falhamos um dia achamos que não iremos conseguir. O conjunto das vezes que conseguimos é que vai contribuir para aquilo que queremos alcançar!
O problema literário deste ano estava a ser mesmo um problema… há tantos livros que eu quero ler e tão pouco tempo para isso… Depois queria levar poucos… 3-4 achava eu… não deu… vou levar 6!
A seleção deste ano acabou por ser feita tendo em conta dois critérios: livros sobre viagens e livros que não acabei. Por norma leio mais do que um livro ao mesmo tempo. Tenho uma característica enquanto leitora, que às vezes é um grande defeito: enquanto não acabo o livro, lembro-me da história. Isso faz com que quando volto a pegar nele consigo continuar do ponto onde parei. Curiosamente, há imensos livros que quando acabo… a história “desaparece” da minha memória e não fica registado… É uma coisa estranha…
Assim sendo, aqui está a lista dos premiados para este Verão:
Marco Polo – Viagens: quando era miúda davam uns desenhos animados sobre as viagens do Marco Polo. Eu detestava! Hoje, acho que chegou a altura de ler esses relatos. Comprei o livro na Feira do Livro, estava lá a olhar para mim quando eu ia a passar… agora vai comigo de férias!
Dalai Lama: a minha prima trouxe-me o livro de uma das suas viagens. É o contributo dela para eu riscar da minha lista o ponto “ler uma biografia”.
Auto-retrato do Escritor enquanto corredor de fundo (Haruki Murakami): Outro dos que está por terminar e que faz sentido terminar nestas férias. Já aprendi algumas coisas, com e sobre o Murakami, nas páginas que li. Este Verão é mesmo a altura certa para refletir em alguns aspetos sobre mim, através dos treinos e das corridas do Murakami.
E vocês vão dedicar-se à leitura no Verão? Que livros escolheram?
Começámos logo mal… 1º dia do plastic free July e eu fui buscar o almoço com uma caixa descartável… mea culpa!
Como sabem os seguidores mais antigos do blog, o plástico de utilização única é uma causa à qual sou sensível. Nem sempre me consigo manter fiel à não utilização de algumas dessas coisas mas há outras que deixaram de fazer totalmente parte da minha vida. As palhinhas desapareceram. As escovas de dentes vão alternando entre plástico e bambu.
Todos temos aspetos onde podemos melhorar mas… como feito é melhor que perfeito, também neste caso, algumas mudanças são melhores que nenhumas. E não fui só eu que fiz ajustamentos. Algumas destas “pequenas” mudanças são mais visíveis mesmo em termos de convívio social – para mim o melhor exemplo são os copos reutilizáveis e com uma caução que se podem ver em várias esplanadas e cafés e também em festas populares.
É em Julho que me dedico mais a este “sindicato”. Nas férias dedico algum tempo à recolha dos plásticos que encontro na praia, um deixado por veraneantes, outro que o mar apanhou, levou e decidiu entretanto devolver à areia, como quem quer chamar à atenção.
Em Agosto com os meus priminhos também fazemos disso um jogo. Incentivar pelo jogo e sensibilizar para que não se juntem ao grupo dos que acham que não faz mal, que alguém irá apanhar, que “é só um saco, uma palhinha, uma tampinha…”. Só um, vezes milhões! Assim, incentivados pelo #take3forthesea damos o nosso contributo duplamente: tentamos reduzir e recolhemos, cada um, três ou mais plásticos que encontramos.
Na newsletter que recebi por email a Plastic Free July deixa as seguintes dicas:
Ter sempre à mão os nossos “reutilizáveis”: saco para compras, copo ou garrafa
Planear as refeições e lanches para não sermos apanhados desprevenidos (como eu…)
Fazer compras a granel e perto de casa
Incentivar familiares, amigos e colegas de trabalho a participar neste desafio
Segundo uma publicação da Plastic Free July no Instagram, já mais de 120 milhões se inscreveram no site e declararam aceitar este desafio. Quem se junta a nós? Que plástico vão recusar ou deixar de usar? Não se esqueçam: sozinhos somos uma gota, juntos somos um oceano!