Podia dizer que a culpa é das férias, mas não há aqui necessidade de culpar nada nem ninguém. O blog tem estado "meio" parado porque eu tenho andado "meio" ocupada a aproveitar dias de férias.
O primeiro período de férias passou a correr. Não consegui fazer praticamente nada do que gostava de ter feito. Mas foi uma opção. Bastante consciente. Entre andar pressionada pelas expectativas e deixar-me levar pelo ritmo da realidade, optei pela segunda. Praticamente não li, não dormi sestas, não ouvi música. Foi literalmente "go with the flow". Depois vieram dias em família alargada e mais uma vez os dias passaram a correr. Quando é bom sabe sempre a pouco, não é?
E o blog foi ficando para trás... mas aos poucos vamos voltar ao ritmo. Em casa, no trabalho e no blog. Hoje ainda estou em modo de precisar de férias das férias... arriscava até a dizer que não estou sozinha... estou certa ou estou errada?
O mês de Agosto está praticamente a meio e os dias oscilam entre o braseiro e o frescote. Vá-se lá entender... Mas o que é certo é que o Verão ainda não acabou e por isso podemos aproveitá-lo para fazer coisas divertidas. Caso vos faltem ideia ficam aqui algumas. Básicas. Mas os básicos são aqueles de que muitas vezes nos esquecemos.
Passar um dia inteiro na praia. Chegar cedo e sair tarde, fazendo a pausa saudável nas horas de maior calor. Levar um livro, água fresca, música, e protetor solar (o fator 50 nunca me deixa ficar mal). Ou então passar o dia a dar mergulhos. Quantos mais melhor!
Programar um final de tarde com amigos num terraço, esplanada ou quiosque e ficar à conversa, sem horas marcadas.
Convidar amigos para jantar só porque sim
Jogar às cartas ou outros jogos daqueles bem simples e deixar a criança que há em nós vir ao de cima
Fazer um passeio de barco ou uma visita guiada pela terra onde vivemos. Há sempre qualquer coisa mais a descobrir.
Procurar "o/a melhor" pastel de nata, café, bitoque, sombra, jardim, músico de rua, gelado de framboesa, livro de BD, sei lá! tanta coisa... depende dos gostos de cada um mas de certeza que se lembram de mais umas coisa.
Aproveitar concertos grátis ou festas das terras por esse país fora. Eu gosto dos dois! Mas festa é festa!
E já sabem que acho sempre divertido pôr a escrita em dia... por isso, escrever postais também é uma coisa boa para fazer no Verão!
Uma das publicações que registei esta semana foi da Magda Gomes Dias, a.k.a. Mum´s the Boss. Fez-me lembrar uma amiga que está sempre a dizer que "as misérias dos outros são uma fonte inesgotável de alegria para nós!". É importante referir que por misérias entendemos não as coisas realmente más que nos acontecem na vida, nem os maus momentos pelos que passamos. Misérias para nós é, por exemplo, escorregar em plena Baixa Pombalina, em hora de ponta, e bater com o rabiote no chão, é dizer coisas nos momentos menos apropriados, é ter um ataque de riso num momento solene, entre outras. Eu tenho tantas misérias dessas que agora nem me lembro de mais exemplos (mas todas as que referi são pessoais...).
Eu tenho a sorte de me rever nas palavras escritas pela Magda. Tenho amigos de todos os tipos que ela refere e acho que também é essa diversidade que faz com que eu seja a pessoa que sou. Também há amigos que são como família e por isso o seu papel fica reforçado.
Deixo aqui este texto para todos os meus amigos e para os familiares também ;) Penso que cada um deles se irá identificar em determinada palavra ou "categoria". E espero que também eles me reconheçam nesses papéis: mais próxima, mais afastada, silenciosa ou a fazer grande barulheira, da risota ou dos momentos sérios, da brincadeira ou quando é preciso "puxar uma orelha", das secas, das coisas giras, das viagens na maionese e seguramente, das misérias, boas e menos boas. Tudo isto e sempre amiga.
Sugiro que depois de lerem este texto o partilhem com os vossos amigos ou então peguem no telefone e liguem, mandem mensagem, escrevam um postal, enviem um pombo correio, marquem um jantar ou um café ao final da tarde. Qualquer coisa! Ou então, pura e simplesmente, da próxima vez que estiverem juntos, lhes dêem um abraço daqueles bons!
"Este é o Martin Seligman e aquele que é considerado o pai da Psicologia Positiva. E hoje dizem que é o dia internacional do amigo. E o Martin diz que são os amigos o factor que maior felicidade nos traz na vida. Será?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Diz ele que não é o dinheiro (que ajuda, claro!), não é o status social, nem mesmo a saúde ou a família. São os amigos. Os bons amigos, os que nos deixam ser e os que respeitam quem somos. Os que estão lá para celebrarem os nossos sucessos e também aqueles que estão lá nos momentos mais difíceis. Aqueles que nos acompanham e fazem o caminho connosco, de mãos dadas e em silêncio, se for preciso. Tudo se torna menos difícil quando podemos caminhar acompanhados, nem que essa companhia seja uma sombra que está discretamente presente.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E, como tudo, os amigos podem também ser motivos de problemas e de discórdia. Valham-nos os bons amigos para nos ajudarem a equilibrar esses momentos mais difíceis.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Há amigos para tudo - para as brincadeiras e saídas divertidas. Para as conversas boas e sérias. Para falar de projectos. Os amigos das corridas, dos copos e das leituras. Os amigos do trabalho e os pais dos amigos dos nossos filhos. Ou os amigos dos nossos pais. E há aqueles amigos que estão lá longe mas que parece que sempre estiveram perto, mesmo quando já não os vemos ou falámos há 7 anos. ⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E para ti, o que é a amizade? Estás de acordo com o Martin?"