A Carolina disse “não sigam o GPS”. E nós não seguimos.
No caminho fomos acompanhadas por relâmpagos que mais pareciam fogo-de-artifício. Como quem diz “finalmente chegou o fim de semana!”. Na última rotunda à saída de Évora sair pela primeira saída. Seguir por essa estrada 19 kms até à placa azul. Entrar nesse caminho de terra e seguir SEMPRE pela esquerda. Foi algures aí que apareceu a lebre a saltitar à nossa frente. Como quem diz “Venham! Venham! Estão a chegar!”
Acordámos cedo. A Carolina estava à nossa espera para nos servir um pequeno-almoço simples e com tudo o que precisávamos, incluindo pedidos especiais. Sentámo-nos à mesa, cada uma a seu ritmo, e começámos a entrar no ritmo certo. O ritmo das rolas, de aves que não identificamos, do vento a passar por entre as folhas das árvores e até dos sapos.
Depois, os mergulhos na piscina, a água aromatizada com carinho e mais mergulhos. Uma salada de tomate e queijo fresco para recuperar energias e preparar o corpo para a sesta. Tudo sempre no mesmo ritmo. Aquele em que devíamos andar sempre!
O monte não tem rede. Ou melhor, tem a rede de que precisamos em dias como estes. Aquela que nos permite descansar e usufruir de tudo, que nos permite parar no tempo e não seguir os ponteiros do relógio. Aquela que nos deixa ouvir, e ver, a natureza, para além de apreciar pequenas coisas.
O Meu Monte tem essa coisa muito boa, é praticamente como se estivéssemos em casa ou em casa de amigos. Sentamo-nos todos à mesma mesa, podemos andar por onde queremos, dar festinhas na cadela, que não chateia ninguém e passa por nós como quem diz “podes estar aí, eu quero é sombra”, podemos acordar naturalmente, e sem despertador, porque o pequeno-almoço não desaparece. O monte está cheio de pormenores que podem passar despercebidos mas fazem a diferença.
Estes dias foram muito bons!
Obrigada à Carolina, ao Tiago, ao Simão e ao João Pedro. À Coi e ao Mr. B.!
Este é um dos títulos que mais gostei de escrever. Não sei porquê. Gosto. Embora tenha sido escrito à custa de uma coisa menos positiva.
Quem já me acompanha há algum tempo sabe que tenho andado numa "luta" contra o plástico de utilização única. É um tema atual, é sim senhora. E se pensam que estou a escrever isto porque agora está na moda, estão enganados. Estou a escrever isto, hoje, porque este fim de semana irei finalmente ler a National Geographic dedicada ao tema, com a atenção que o assunto merece. E é muito provável que dentro em breve escreva mais sobre o assunto, não só porque se aproxima o mês de Julho (Plastic Free July) mas também porque quando andava a folhear a revista e a debitar informação para o ar, a minha mãe me disse "devias era publicar isso no blog!". E foi uma boa sugestão.
Nos entretantos, lembrei-me de fazer aqui uma pesquisa pela palavra "plástico" e, de todos os resultados, quero lembrar-vos estes:
Vi no blog A Considered Life uma lista de coisas que a Sophie acha que a nossa casa não precisa. Curiosamente tinha comentado recentemente com umas amigas que queria tirar uns destes elementos de casa. Não sei se concordo com tudo o que ela diz, mas faz sentido.
Montanhas de almofadas: foi com esta maravilha de decoração que embirrei recentemente. No quarto tinha umas quantas almofadas em cima da cama, mas na realidade, e apesar de gostar de as ver, apenas serviam para ter o trabalho de as tirar de cima da cama e pôr onde desse, e no dia seguinte, a mesma "cerimónia". Algumas das minhas amigas gostam muito das suas almofadas, eu também, mas estas ali já não me fazem feliz.
Cadeira no quarto: a cadeira no quartotambém anda em consideração. É o lugar onde vão parar as coisas no final do dia e de onde muitas vezes só saiem ao fim de semana. Se não tivesse a cadeira se calhar não acumulava ali a roupa... por outro lado, se fosse mais disciplinada...
Mesa de centro: a minha sala é pequena e não tem espaço, mas percebo o que ela diz. É bonito sim, uma mesa com uns livros bonitos, umas peças de design, dá aquele toque, mas ao mesmo tempo é mais uma coisa para limpar, muitas vezes não é usada para nada e ocupa espaço. O espaço da mesa de centro pode ser usado para jogar jogos de tabuleiro com a família e os amigos, fazer exercício em casa ou, pura e simplesmente, ter espaço livre em casa.
Cadeiras: para sentar 12 pessoas à mesa uma vez, quando habitualmente jantam no máximo 6... É bom ter lugar onde sentar os amigos para jantarmas basta ter as tais 6 e depois, quando necessário, juntar os bancos da cozinha, as cadeiras do quartos (quando elas se mantêm :)) ou até pedir aos vizinhos.
Flores frescas: são caras e morrem, diz ela. Eu gosto de ter flores frescas em casa mas percebo quando ela diz que é melhor termos plantas. Dizem que as plantas em casa reduzem os níveis de stress, regulam a temperatura e acalmam a mente fazendo-nos sentir mais próximos da natureza. Requerem alguma atenção e cuidados mas sem dúvida que deixam as nossas casas bonitas. Eu acho que podemos ter das duas!
Mobília no hall de entrada: coisas para guardar coisas. O hall de entrada deveria ser o mais leve possível, como toda a casa na minha opinião. Embora a minha não seja assim tão leve e desimpedida, tem uma pequena estante e agrada-me quando entro em casa, por isso acho que está bem.
Quadros nas paredes: aqui também não estou de acordo com ela. Diz que são desnecessários. Eu não acho. Mas não tenho os meus pendurados. De vez em quando gosto de os mudar de lugar e dar um outro ar na decoração de minha casa.