Quando os planos saem furados
Bem, quando os planos saem furados é uma chatice. Daquelas bem grandes. Uma pessoa tenta organizar-se para tudo ir correndo facilmente e depois, como dizia no outro dia, acontece a vida. E dá cabo de tudo.
Bastou quase uma semana em casa para as coisas descambarem. E depois, não chega dizer “pronto já passou” e arregaçar as mangas porque parece que é quando pensamos nisso que as papeladas começam a multiplicar-se, a roupa passada desaparece ou perde todo o interesse, nos sentimos ainda mais um trapo e até a comida está contra nós porque não nos apetece nada. Nem doce, nem salgado.
E pensamos “pronto, uma coisa de cada vez”. E nesse minuto… pimbas, que tal uma dor ciática!? E é nessa altura que quase apetece deitar a toalha ao chão. Mas não vale a pena, porque depois não a consegues apanhar e ficas com mais uma coisa para juntar à lista.
Listas! As minhas tábuas de salvação. Também não têm ajudado muito, mas pronto… parece que só de escrever o que nos preocupa num pedaço de papel, metade das coisas começam a resolver-se por si próprias. Pode ser ilusão, que tem sido, mas pelo menos uma pessoa pensa “pode ser que mais logo ganhe uma daquelas forças supersónicas e consiga começar a riscar uma coisa atrás da outra, e o tempo estique como um elástico, e quando chegar a meia noite, começa todo um novo dia, e tudo vai ser diferente!”.
Foi mais ou menos assim que me apercebi que já chegou o mês de Fevereiro. Já vamos no segundo. E não podemos andar a “engonhar” mais. Por isso, quando os planos saem furados é uma chatice, porque é, mas ao mesmo tempo que mais podemos nós fazer do que voltar a definir tudo num quadradinho de papel e atacar uma coisa de cada vez?!