É maisdo quepúblico o meu gosto pela Playlist da TSF. Às segundas é quase como um ritual ir ver o que temos de novo para ouvir. Hoje temos a playlist de um homem do Norte, Nuno Botelho, que já me fez viajar muito ao som das músicas que escolheu para preencher esta hora e meia de sons!
Chegar a casa no final de um dia de trabalho. Um dia de inverno, frio, como os verdadeiros dias de inverno. Tomámos um banho quente para recuperar a energia, deixar o mundo fora de portas e o frio fugir junto com a água que corre. Jantámos à média luz ou até à luz de velas, muitas. Falámos sobre os nossos dias até que eles se transformaram num só. Depois disso aninhámo-nos no sofá, grande, cinzento e moderno, com espaço para todos, mas do qual usamos apenas um cantinho. O nosso. E ali ficámos. À média luz, ou à luz das velas, muitas. E deixámos o silêncio falar dos nossos dias.
Verão Passámos o dia a deambular pela cidade como se nunca a tivéssemos visitado. Conhecemos recantos escondidos, jardins secretos, escadarias e ruelas. Jantámos numa esplanada e depois voltámos a casa. Estamos agora no quintal. Há quem lhe chame terraço. Eu gosto de lhe chamar quintal. Faz-me lembrar a minha infância, o quintal onde passava horas a brincar. Sentámo-nos nas cadeiras de lona, bebemos um copo de bom vinho e lemos. As estrelas acompanham-nos e, de vez em quando, uma ou outra dançam ao som do canto das cigarras.
Descobri este vídeo nos arquivos do Jornal Público. Já há uns tempos tinha visto uma entrevista da Matilde Campilho que achei engraçada. Aqui ela lê uma carta de Eça de Queiroz ao seu amigo Bernardo Correia de Melo . Sugiro que a oiçam e depois, não intimidados pela escrita do Eça, escrevam uma carta a um amigo. E a enviem é claro! Quem não gosta de receber cartas!?