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Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Edição Limitada

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”. Clarice Lispector

Faz-te sentir especial?

Vi ontem um vídeo que partia da pergunta “Às vezes sente-se como se não fosse um nadador de verdade?” e a resposta imediata foi “Por vezes sinto.”. De seguida apresentava um conjunto de estatísticas que me iam colocando num grupo super restrito de pessoas. Deixo apenas a última que diz que se eu consigo nadar mais de 1500m isso coloca-me no grupo de 2,3% da humanidade. No final do vídeo a pergunta é: “fazer parte de um grupo de 3% da humanidade faz-te sentir especial?”.

Partilhei o vídeo com algumas pessoas que praticam natação como eu e uma delas perguntou se me fazia sentir especial. Daí surgiu a ideia deste post.

 

O que é que nos faz sentir “especiais”? Do que precisamos para sentir que estamos num grupo restrito de pessoas que as torna “especiais”? Na verdade… o que é ser “especial”?

Há uns tempos ouvi a Mel Robbins apresentar uma definição de atleta que me deixou mais reconfortada quanto às minhas dificuldades ao nível da prática do exercício físico. Era qualquer coisa como “atleta é alguém que pratica uma determinada modalidade desportiva de forma regular”. Sim, correr uma vez por ano todos os anos é uma forma de regularidade, mas percebem o que ela quer dizer. Para a pessoa ser atleta não precisa de seguir aquele padrão de atleta de alta competição que temos como referência. Aquele que pratica ténis de mesa 2x por semana todas as semanas, é atleta, aquele que se levanta de manhã cedo e vai correr todas as semanas, é atleta. Percebemos a ideia, certo?

E ser “especial”? Será que ser “especial” é fazer coisas fora de série? É ter coisas que poucos conseguem ter? É ter características físicas que nos tornam diferentes?

É verdade que há dias, até semanas, em que não me sinto atleta, quanto mais especial. Há dias em que até nadar é mais um esforço com resultados quase invisíveis. A pessoa bate pernas, dá aos braços e parece que não sai do mesmo lugar. E nesses dias… caracas! Nem atleta e muito menos especial! Depois também há os dias em que a mochila que guarda o equipamento que vais precisar para o treino parece um atrelado cheio de pedregulhos. Como foi hoje o caso… ela não tem culpa mas…

Até que vemos um vídeo como este que te diz que: se sabes nadar fazes parte de 44% da população mundial, se nadas mais que 6x por ano estás no top 15% entre os adultos (que nadam, suponho), se consegues nadar mais do que 1500m estás no grupo de 2,3% da humanidade. Não é de uma pessoa se sentir especial?! Para mim é! E por isso a minha resposta à pergunta da minha amiga foi: “depois de saber isto… um bocadinho. Sobretudo de pensar que aquilo que para mim é básico, ou pouco, para muitos é uma coisa extraordinária”.

Como tudo na vida, é sempre uma questão de perspetiva. E hoje eu opto por me sentir especial! Aliás, especial e privilegiada! Porque eu tenho esta possibilidade, e isso é um privilégio!

E para terminar deixo esta pérola, ou mantra, com o alto patrocínio da Dori, que eu adoro e revejo muitas vezes! 😊

 

Mergulhar, ir mais fundo, explorar e descobrir

Longing for summer days - Eduarda Tavares

 

Escrevi o texto que se segue a pedido de uma amiga que decidiu mergulhar! Decidiu deixar de guardar só para si, e para aqueles que eram mesmo muito próximos, um talento que tinha escondido. Decidiu arriscar, soltar amarras, deixar-se ir e dar-se a conhecer. Arriscou sair de pé e mostrar a toda a gente a sua arte. E hoje partilho-a convosco para que também a possam ver: https://eduardatavares.com/

 

Mergulhar, ir mais fundo, explorar e descobrir.

Soltar amarras, deixar-se ir, permitir-se conhecer.

Todos temos um lugar onde escondemos aquilo que nos é mais precioso. Um lugar só nosso, onde apenas entram aqueles frente aos quais nos permitimos ser. É nesse lugar, nesse cantinho onde guardamos o nosso lado mais sombrio, que também guardamos a nossa magia, o nosso brilho e o nosso encanto. Tudo aquilo que faz de nós o que somos, e tantas vezes temos receio de mostrar aos outros. De mostrar ao Mundo.

Até que há um dia em que uma fresta, uma porta entreaberta ou uma lufada de ar fresco nos faz respirar fundo e perder o pé. E é nesse momento, nesse instante tão breve, que nos permitimos ir mais fundo. E mais longe. É nessa altura que nos permitimos mergulhar, ir mais fundo e descobrir. Que nos permitimos deixar-nos ir e conhecer-nos melhor. Que permitimos que os outros, e o Mundo, nos conheçam.

E quanta Beleza podemos criar quando a isso nos permitimos.

 

 

 

 

E se, de repente, voltasse a escrever?

Como me passou pela cabeça? As coisas não nos passam pela cabeça, as coisas incubam, fermentam, atravacam a nossa imaginação enquanto dormimos. As coisas têm pernas, percorrem um caminho paralelo numa zona de nos mesmos que nem remotamente imaginamos onde fica e, a certa altura, batem à porta: aqui estamos nós, somos as tuas ideias prontas a serem ouvidas.

A livraria na colina - Alba Donati

Sonhei que tinha voltado a escrever aqui. Nesses dias sonhei muitas coisas. Demasiadas. Não necessariamente boas e divertidas mas, de todas elas, ficou-me esta ideia: e se, de repente, voltasse a escrever no blog? Algures durante esses dias também me cruzei com uma imagem onde se lia: "It's never too late. There is no behind." como quem diz: não te preocupes porque nunca é tarde para recomeçar e não, não estás "atrasada". 

E tudo isto junto, mais o gosto que tenho por escrever e partilhar coisas, começou a fervilhar e a pesar num dos pratos da balança, aquele que diz para avançar. No outro prato estavam (e ainda estão) a dúvida sobre o interesse, o facto de se tornar um compromisso que não sei se consigo cumprir e aquelas ideias que deixamos entrar nas nossas cabeças e que acabam por nos limitar.

Nem sempre tenho vontade de escrever, muitas vezes questiono a "utilidade" de determinada partilha, algumas vezes é mais fácil não fazer nada. Simplesmente. Retirar da bandeja mais aquela tarefa. No entanto, por outro lado, quando escrevo e partilho... gosto. Será um pouco como praticar exercício físico: custa ir mas no final sabe bem.

Como diz o James Clear (entre outros) o ideal é não falhar duas vezes seguidas. Retomar custa sempre mais. Custa! Mas há coisas mais difíceis. E por isso decidi que vou retomar. Sem compromissos. Quando apetecer escrevo, quando não apetecer não escrevo. Numa quebra total de todas as regras e teorias da comunicação digital. 

Até já!!

 

De forma absolutamente aleatória e sem intervenção da minha parte, este post foi escrito ao som de: 

 

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